terça-feira, 27 de novembro de 2012

POE: A LAGOA – 05.



Senti-me tão angustiado ao aproximar do lago.
E ver o peixe agonizar, subindo, vindo à tona, incessante.
Meu coração dilacerante se renega a suportar!
Sem oxigênio, a água no caldeirão, por cima está fervendo,
Por baixo é só podridão.

                                    De pensar no sofrimento, falta-me respiração!
O pobre peixe, no habitat natural, está condenado à morte,
Por poluição total.
É limitado o seu modo de procriar, por estar enfraquecido,
Não consegue respirar!

Das autoridades só ouço dizer: lamento!
Mas cada vez morrem mais peixes na água por afogamento!
Um técnico disse que a água incandesceu.
O peixe é que veio à tona: foi por isso que morreu!

A causa é outra. Não consigo acreditar!
Porque o peixe não morre afogado quando vive em alto mar.
Ó meu senhor, que simplória explicação!
Declare que a lagoa sofre de poluição.


Nenhum comentário:

Postar um comentário