O
rio foi soterrado, uniu este lado com o lado de lá!
Não
há água sob a ponte! Não é hoje com antes!
Construíram
muitos prédios onde era o seu lugar.
Não
tem leito e nem tem berço no qual possa se deitar!
Com
certeza na enchente, vai surgir tão de repente,
E
sem se importar com a gente, destruir este lugar!
As
montanhas são feridas! Desprezaram suas vidas!
Quantas
baleias atingidas com veneno no arpão?
Ele
está endurecido! O louco virou bandido; é mesmo sem coração!
Essa
gente que se amarela, se abriga na favela; já não tem onde ficar?
É
também sem compromisso! Nunca tem nada com isso!
E
se abarrota de lixo, tropeça no edifício e chuta o meu calcanhar!
Quem
se diz autoridade, governador da cidade, já vive um pesadelo!
O
povo pede socorro, o do centro e o de lá do morro,
É
uma só situação! E ele também é ferido pela mesma maldição!
Nada
se faz sem ter ordem. E o silêncio é permissão.
A
falta de entendimento tornou o homem em jumento,
Pois
desse jeito eu não aguento: Com tanta legislação!
O
homem não tem palavra. Não cumpre aquilo que prometeu.
E
se preciso ele mata o outro como a barata, que voa sem ter pudor,
E
ainda faz o enterro, chora nos seus cotovelos, dizendo que tem amor!
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