Acordei
sobressaltado, porque coaxava ao meu lado um sapo do Tietê!
E não vi
você por perto, a água era um deserto; estava prestes a morrer!
Quis eu que
fosse um sonho, e tentei me levantar, e, então, logo percebi
Que não
era, quando olhei pela minha janela e vi o meu carro a boiar.
Eu não
estava tão por baixo e nem me senti no alto no quarto do quinto andar!
Ainda bem
que era dia, pois não havia energia, nem força no popular!
Fiquei com
pena do sapo, e muito mais tive de mim, pois perdia a moradia;
Estava sem
barco na ilha! Sem nenhuma maravilha! Tão próximo era o meu fim!
Olhei mais
uma vez pela janela até onde pude enxergar, mas só vi desolação!
A água
cobriu o portão da casa do meu vizinho. Como vou sobreviver?!
O tempo
ficou escuro e eu nem via o prédio do outro lado sem muro!
Gritei, mas
não fui ouvido; de todos fui esquecido, por causa dessa invasão.
Ninguém
quer ter compromisso e o que resulta disso é a grande destruição.
Mas ainda
há muito tempo para se escutar por dentro e mudar o seu coração.
Nem mandei
o sapo ir embora, pois só água havia lá fora, vou noutra ocasião.
Blindaram o
solo da cidade, construíram vaidade; fecharam toda vazão!
Só com
muito esgotamento se esvaziará por dentro do homem a corrupção!
Não usam as
ruas da cidade, que não tem velocidade; só andam de avião.
Por que só
pensam no agora, com nada se apavoram,
pensam que vão se salvar?!
pensam que vão se salvar?!
Mas forte é
a natureza e os derrubará com certeza do prédio onde morar.
Ainda estou
isolado, com água por todos os lados, e eu nem aprendi a nadar!
Também não
sei para onde vou, se eu grito e ninguém responde;
não querem me escutar!
não querem me escutar!
Mas eu não
vou desistir, enquanto eu estiver aqui, ninguém jamais me calará!
E por eu
gritar tanto, quem sabe você me escuta e me atende,
e eu possa, então, me calar!
e eu possa, então, me calar!
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