sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

POESIA: SUCUMBEM – 176– FAR VI.

     Sucumbem sobre a terra, nas valas negras e vielas, 
     homens sem aceitação, que só dizem: e eu com isso!
     E sem nenhum compromisso semeiam a corrupção
     de pobres e miseráveis de vivências condenáveis,
     malditos de ante mão!

     Rugem os fuzis bandidos, são presos, mortos ou feridos;
     disparando sem cessar, atingem o inocente,
     no meio de tanta gente, que cai ao cambalear.

     Cessado o fogo ardil, ainda quente o fuzil,
     toma outro o seu lugar. Bandido não tem fronteira!
     quer desgraças à praça inteira! 
     E mesmo no funeral decreta luto à favela,
     e a pobre gente amarela aceita sem comentar.

     Só há piora na raça, onde nasce a desgraça da paridade hostil
     da pobre triste menina que a qualidade fascina
     da metralha e do fuzil.

     São meninas mães solteiras, quase sempre arrependidas;
     nascidas sem ter infância e com a juventude perdida,
     bailando como um boneco o Rebento em pandarecos
     que chora na sacudida.

     A coisa é triste e feia, pois só se constróem cadeias
     em busca de solução! E o que se colhe, se semeia
     e nasce a insatisfação em muita gente ferida,
     que por nada  perde a vida, sem ganhar educação!
                        WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br


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