quinta-feira, 3 de julho de 2014

POESIA: MENINO DE RUA - 20 – FAR II.

       Como, eu como, se ter não tenho, se ganhar,
       Eu não posso e se eu pedir, eles não me dão?!
       Eu pergunto aos homens que governam o mundo, qual a solução?

       Eu vivo sozinho, não tenho carinho, nem casa, nem pão!
       Eu não tenho amor, minha vida é só dor, nem tenho razão.
       Sou menino carente, mas não sou demente. Sou gente também!

       Sou menino de rua, mas a culpa é sua? Ninguém me adotou!
       Ninguém me abrigou! Não me dá segurança, nem olha para mim.
       Ninguém comigo divide seu pão, nem me chama de irmão!

       Eu vivo vagando, na rua morando, sem ter paradeiro.
       Se o erro acontece, quem fez não aparece, me culpam primeiro.
       Como vivo é tão mal: lixo social dessa total podridão!

       Sou a razão da ameaça, e de toda desgraça, e da destruição?
       É a noite chegando, é a chuva caindo e eu durmo no chão.
       No meio da rua. Calçada tão nua, sem ter proteção!

       O dia amanhece! O sol aparece, e eu não tenho para onde ir!
       Para o mundo é tão mal esse tal social, que se esquece de mim!
       Eu não tenho amor. Minha vida é só dor!
       Sobrevivo assim!... O que esperam de mim?! 
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