quarta-feira, 6 de novembro de 2013

POESIA: A CIDADE PEDE PRONTO SOCORRO! -266. FAR XI.

A minha cidade já não tem Pronto-Socorro,
nem para o pobre lá do morro que não com quem contar!
Não adianta reclamar quem passa mal!
Eles estão fechando o hospital! E como a gente vai ficar?

Eu não entendo o que fazem as autoridades!
Sei é bom ou é ou se é maldade! Isso eu não sei dizer!
Mas eu lamento e fico mordido por dentro, aqui no coração,
e nem me cessa o pensamento toda a dor do meu irmão!

Eu gostaria que nos dessem atenção! Olhassem e vissem!
Porque é contradição o que eles estão fazendo!
Em desespero morrem os pobres nas calçadas!
E não há quem faça nada!  Passam longe para vão ver!

Os desgraçados todos sujos e esfarrapados,
feridentos, maltratados, não têm nem onde morrer!
Todas as ruas já têm cheiro de necrotério, e de mortos
de  cemitérios. E em todos os cantos há fedor.

Há muita urina e coco por todos os lados, um nojo infectado!
Nem se comparam com os castigos da prisão! Que situação!
A minha cidade não anda mais acordada!
Ela foi violentada e desprezada e hoje vive em servidão!

Mas, o que mais me assusta é a falta de pronto socorro
para quem vive no morro e não tem com quem falar!
Mas se for preciso eu vou gritar desesperado
para acordar o estado que se esqueceu de nós.

Mas, brevemente virão outras eleições; e são eles que vão gritar!
Farão promessas bonitas e esclarecidas, vão melhorar sua vida.
Não se desanime nem se desespere, nem queira mais reclamar!
Pois se você sente isso tudo: então, pode andar e ver e ouvir e cheirar?
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