sábado, 3 de outubro de 2015

POESIA:O HOMEM DO MUNDO – 101– FAR X.

                 
            O homem do mundo é só fingimento; sorrindo por fora, chorando por dentro!
            Não há harmonia com o seu parecer. Não se reconhece nem sabe quem é!
            Altera a imagem por se desgostar! Não chega ao destino e nem pode voltar.
            Na multidão, ele se esforça demais, para se parecer com o que se satisfaz.

            É mais descontente que o Enganador, refaz-se a si todo por falta de amor!
            Na busca insensata pela satisfação, se engana, decresce, se arrasta no chão.
            É crítico contumaz! Confunde o valor, e dá má recompensa ao seu genitor!
            Diz-se ser muito alegre, mas só vive a chorar, e não se realiza com quem está!

            Não entra na Porta, por ser grande demais! Nem se esvazia ou deixa para trás.
            Tem uma falsa imagem; é enganador; parece cordeiro, mas é rugidor!
            Tem garras escondidas na palma da mão, se mostra cordeiro, mas é um leão.
            Recusa a sua semente, não quer germinar, para no seu fruto não se revelar.

            Artista engraçado! Pobre fingidor! Não sabe quem é, e pergunta: Quem eu sou?
            Altera-se todo, e no fim se consome; a boca é um vê, os olhos, dois cones!
            O osso do queixo tirou do quadril. Fez um nariz aquilino e tem um corpo viril!
            Mas a bomba quebrou e o vento saiu, voltou-se a si mesmo e ao outro não viu!
            WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br


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