Eu
já não sei o que faço, vivendo nessa confusão,
que
se faz da natureza desde o tempo de Adão!
A
culpa é da serpente que à Eva enganou
e
nela pôs o seu veneno e, depois, a engravidou.
A
natureza é rebelde, e não respeita ao seu Criador,
A
terra é cheia de violências, como é o seu Destruidor.
A
chuva cai com força e em torrente, o vento sopra em tufão,
e
o homem descontente faz tocaia e matar o seu irmão!
A
mulher que ter mulher, o homem quer ter marido,
exageram
no papel, se ferem e ficam feridos!
A
menina engrossa a voz, o menino fala fino;
ela
com voz de trombone e ele com a voz de violino!
Todos
querem segurança, mas não têm educação,
soltam
pum no elevador, escarram, cospem no chão!
Comparam-se
a qualquer coisa, não sabem se dá valor,
chamam
o seu Mestre de Tolo e o Tolo de doutor!
Não
conhece a sua origem essa geração atual!
Não
sabe como foi dantes, acha isso tão normal.
Fala
tanto em liberdade, não quer se comprometer,
não
se espelha em seus pais, e só diz: eu quero ser!
Seja
na grande cidade ou num povo bem menor,
a
saúde está doente, saltita numa perna só!
A
educação falida, ferida, ficou demente,
Ela
já não tem mais voz, dá grunhido entre os dentes.
O
homem compra automóvel, põe na casa uma piscina,
não
paga e a água e é cortada, e gasta o pão na gasolina.
Todos
conhecem o ladrão, e há quem o diz: ele é bacana!
O
vovô toma viagras e sai em busca das mundanas.
Há
homem tão descarado, tão tolo, e perturbador,
que
nem mesmo se conhece, e chama a si de senhor!
Compra
fiado e não paga, bate a porta e o portão,
já
passou da meia idade e ainda quer ser garotão!
Não
sou eu que tenho culpa, nem eu condeno você,
fica
tudo aqui na terra; nada se leva ao morrer!
Estou
firme neste estágio, busco a minha aprovação,
Quero
estar com Jesus Cristo, o Senhor da salvação.
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