domingo, 4 de outubro de 2015

POESIA: POR FALTA DE USO – 104– FAR X.

            Enferrujou o parafuso, por falta de uso; deixando o homem em degradação!
            Fundiu-se a cuca com coisas malucas, usando do falso com a confirmação.
            Parou no deserto, achando-se perto, depois de perdido, ainda tentou se localizar!
            Mas já estava falido, cheirando fluido, batendo com os braços, querendo voar!

            E já se vendo muito distante do que fora antes, sentiu agonia, tentou acordar.
            Olhou para o seu peito, não se viu direito. Não era o que fora e não pode voltar!
            E logo se sentiu muito enferrujado, e doente, e cansado, e no meio de um mar.
            Encheu as piscinas das suas janelas, subiu a favela, cheio de dor e foi se drogar!

      Correu a mão por baixo do travesseiro procurando dinheiro, mas não encontrou!
      Juntou os objetos que estavam por perto; em busca apressada de um comprador.
      Saiu perturbado, o pobre coitado, correndo sem tino; entrando na rua se atropelou!
      E morreu na sua loucura, deitado na cama, inerte, pensando: quem mesmo eu sou?!

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