Olho os jornais que podridão;
pedaços
de gente espalhados no chão.
A
morte espalhada, que sorte danada,
sangue
escorrendo da boca morrendo.
O
homem gritando por socorro em vão.
São
partes de vidas achadas perdidas: morte sem perdão.
Olho
os jornais, que podridão.
O
horror espalhado, olhos esbugalhados, pobre coitado,
Que terror, qual a razão?
Olho
as calçadas, que sorte danada,
crianças
perdidas de tão pervertidas, emboladas no chão.
Olho
as vielas, crianças amarelas, descalças, sem pão,
Brincando
com a morte, que vida, que sorte?
Olho
os trens que vão e que vêm com tanta esperança,
De quem
vê na cidade a maior solução
e de
quem parte ofendido pela decepção.
Olho o
passado do tempo parado,
em que
quase nada acontecia!
Mas hoje em dia é até covardia!
Há um
milhão de fatos num segundo,
E com
um minuto se quiser se ceifa o mundo.
Olho o
ser humano com tantos desenganos:
Mente
sádica e pensamentos insanos.
Olho o
homem atual que resiste a vida
e com
o bem combate o mal.
Vejo o
que não quero! Quanta tentação:
Desrespeito
à criança, à vida, à infância.
Olho o
futuro tão inseguro, com tanta ânsia
e
razões em abundância!
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