QUEM QUER SER
POETA?-50-FAR II.
Quem quer ser poeta desta era triste,
para cantar a dor, viver angustiado,
Para canta a bomba que destrói o mundo e
os fuzis que matam a todo segundo?
Quem quer ser poeta desta era louca,
para viver sozinho esse pensamento,
E saber que a vida se acabará, com a
destruição a todo o momento?
Quem quer ser poeta para cantar a dor e
sentir no peito toda emoção,
Ver milhões de vidas todas controladas
por poucos tiranos, na palma da mão?
Quem quer ser poeta, combater miséria e
mostrar a sua indignação,
Por tantas crianças carentes, deixadas,
por irresponsáveis Chefes de Nação?
Quem quer ser poeta dizendo o que é, e
mostrar o povo toda dimensão,
Sendo responsável no que faz agora, pelo
futuro da nossa união?
Quem quer ser poeta, encarar verdade e
trazer à tona toda podridão:
Doença contida na sociedade, vírus
maligno da corrupção?
Quem quer ser poeta da realidade,
cantando a vida de qualquer Nação.
E mostrar que o mal galopando exala
montado no dorso da desunião?
Quem quer ser poeta do homem humilde; de
qualquer pessoa, de um pobre ser,
Para cantar a vitória dos injustiçados e
em versos bem simples fazer-se entender?
Quem quer ser poeta do pobre, do rico,
do branco, do negro, do índio e do mais.
Poeta da terra das árvores perdidas, do
deserto sem vida e dos animais?
Quem quer ser poeta de ampla visão, para
cantar a injustiça, dividir o pão.
Caminhar na lei e com os braços fortes,
proteger da morte todo seu irmão?
Quem quer ser
poeta do trabalhador, que planta a semente que transforma em pão.
Que sacia a fome do pobre, do rico, do
branco, do negro, de toda a Nação?
Quem quer ser poeta do pintor pedreiro,
que com pá e pincel faz a construção de:
Hospital, escola, estrada e lares, onde
nasce a vida, o adeus da partida e a educação?
Quem quer ser poeta da era atual,
discutir com força, amar e ser capaz,
De mudar conceitos malignos deixados, ao
longo dos anos, por nossos ancestrais?
Quem quer ser poeta do menino carente,
do homem sem-terra, da mulher sem lar.
Dos corpos deixados esvaídos sem vida no
morro, na rua, na vala, ou no mar?
Quem quer ser poeta dizendo a verdade,
despertando os homens das suas loucuras,
E dizer que o mundo está muito doente,
mas ainda é tempo de tratá-lo. Há cura.
Quem não for poeta, preste-me atenção!
Sei que a paz do mundo está em nossas
mãos,
Mas a bomba prestes a destruirá. Para
isso basta apertar um botão.
E por isso eu peço que cantem bem alto,
e transmitam ao mundo a minha visão.
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