INSPIRAÇÃO COTIDIANA– 279- POESIA.
Não me inspirei
em Dante ou em Cavalcanti,
Não voltei a Gil
Vicente; não fiz comédia nem ópera.
Não visitei a Cervantes
nem Camões e nem Bocage,
Fiquei aqui no
meu Brasil, reduzi minha viagem.
Para falar das
coisas feias fui à Boca do Inferno,
Gregório me
disse aos berros e o silêncio se perdeu.
Não me calei,
fui ao fundo e falo de todo o mundo,
Do imundo mundo do qual vim a pertencer!
Queria mais
liberdade do escravo ao ditador
E busquei em
Castro Alves o elo libertador,
No tombo do
negro ao mar, na chibata a estalar, na fuga,
Na rebeldia,
no clarear da noite misturada com o dia.
Em Vieira
busquei amparo e segurança, e a paz de Deus,
Nas crianças.
Prosperei em Alencar e vi a índia se banhando.
Linda com os
lábios de mel! Que na natureza tão pura!
Não me perdi em
besteiras, fui a Manuel Bandeira,
E vi em Cinzas
a vida, no pulmão vi a ferida, que cedo o apagou.
Não quero
sentir tristeza, quero falar do amor. E de mais Beleza!
Vou embaixo e
vou encima! De Machado, o seu amor por Carolina.
De Azevedo eu falo do seu Namoro a Cavalo.
Como é rico o povo da nossa nação! Imenso amor, só cabe
no coração!
E dos artistas
atuais: Vinícius, Chico Buarque, Caetano, Gal e Gil,
Roberto e
Erasmo Carlos. Como é rico o nosso Brasil!
São tantas letras bonitas, mas não existe igual à do
Hino Nacional!
São tantos os
grandes artistas de sentimento criador, que cantam em prosas
E em versos a alegria e a dor; que elevam a nossa vontade de maior
Libertação, de extinguirmos as diferenças e sermos todos irmãos!
E em versos a alegria e a dor; que elevam a nossa vontade de maior
Libertação, de extinguirmos as diferenças e sermos todos irmãos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário