DA CONFUSÃO
À PAZ. 196- FAR XI.
É madrugada e há grande confusão na rua e no corredor da cidade!
Os ônibus passam voando e eu aqui esperando, sem saber onde estou!
A chuva começou a cair na vidraça e embaçou mais a minha visão.
Agora eu não estou vendo, e o ônibus passa correndo e assusta o meu
coração!
Não é cisma e nem é medo, porque eu não me guardo em segredo.
Não tenho nada a esconder, nem trago dinheiro comigo. Então, temer,
por quê?
Eu só queria encontrar a minha casa! Meus olhos cansados ardem como
brasa.
O sono já me pegou. Já ando cambaleando e a chuva está aumentando.
Estou caindo de cansaço; muito gelados estão os meus braços!
Por que só eu estou aqui? Por que ninguém vem falar comigo?
Não me lembro do nome de nenhum amigo! Será que estou esquecido?
O dia está clareando, os ônibus continuam transitando.
Por que só eu estou aqui? Não sei se ainda vivo ou se já morri!
O tempo ensurdeceu os meus ouvidos; não ouço nenhum alarido.
Nem os ônibus me fazem escutar, nem a chuva e o vento; é mudo esse
lugar?!
De repente um Jardim me apareceu com muitas pessoas me dizendo:
Você vive, e não morreu, num campo verde e florido que parecia não ter
fim.
E logo vieram outras pessoas trazendo muito conforto para mim.
Uma orquestra tocando uma música no Jardim e o povo cantando!
Você venceu a batalha e já chegou o seu fim, abra a porta e pode
entrar.
Troque as vestes corroídas, e ponha a roupa da vida, este aqui é o seu
lugar.
Eu entrei e encontrei um Palácio de marfim e alguém dizendo que ele
era para mim.
Era um lugar bonito! Alegre e consolador e muitas vozes dizendo:
Glórias ao Senhor!
Nesse momento eu acordei, e não sei se foi sonho que eu tive ou se foi
uma visão!
Porque foi tudo realidade, e eu ouvi a voz da Verdade falando com o
meu coração.
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