Já
me acostumei com a guerra? Da rajada e da explosão,
O
som já não me assusta, nem grande é a corrupção?!
Tenho
nojo dessa gente! Do homem simulador;
Autor
e dono do mal, que finge ser bem feitor!
Da
miséria e da desgraça, eu não quero mais escutar,
Porque
os homens corruptos podem querer me matar!
E
ainda mais pôr-me encargos, para fazer-me calar.
Já
não vejo e não escuto, e também vou me emudecer?!
É
assim que funciona com quem não tem competência:
Rouba
a riqueza do povo, leva o País à falência!
Tira
tudo que eu preciso e culpa-me por minha crença.
Mandam-me
ficar calado e eles pregam a violência!
Se
eu reclamo da saúde, retiram-me a condução;
Fico
parado no trânsito e morro sem medicação.
Tratam-me
como um tolo! Como quem não sabe ser!
Pois
o meu representante é surdo, mudo e não vê.
Fala
um monte de tolices! Não difere o bem do mal.
Aprova
o meu sacrifício, pondo-me por seu aval.
Não
sou contra a liberdade! Mas isso já é o fim!
Nomeie
um incompetente para que fale por mim?!
Sinto
uma grande dor no peito, tão lenta a respiração!
Ao
ver tanta indiferença, que mata o pobre sem mão!
Tornam
o desvalido um lixo! E o faz morar nas calçadas,
E
ter odor na sua boca pior que o cheiro da privada!
Só
os sabidos é que falam, mas não têm boa intenção,
Corre
da sua boca uma baba com cheiro de maldição.
É
uma só vergonha o meu povo, porque não sabe escolher,
E
põe nas mãos dos violentos as armas para nos defender!
São
todos incompetentes e se puseram contra mim;
Transformaram
em deserto o campo do meu jardim.
Estou
morrendo aos poucos! É grande a minha aflição!
Não
respeitam a minha idade. São todos eles covardes!
Sou
preso, sem liberdade! Não ouvem a minha razão!
Falei
da ciência dos homens, nem mencionei o meu Senhor,
Porque
Ele já sabe de tudo, e não é como o grande fingidor!
E
foi Jesus quem me instruiu para eu lhe servir de instrutor.
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