A Maria é quem
vai com as outras. O João é um de João-ninguém!
O Francisco
virou o Chico. E há coisas que o mineiro chama trem!
A língua
culta logo se esquece, e é a popular que vai permanecer,
Ler o que
não está escrito, é, falhar no nome e, não saber o dito!
Ninguém diz
que fez errado. Todo-Mundo para si mesmo é um sabichão!
Se o pensamento
ficar censurado, se enche de maldade e de indagação.
O pobre se
diz coitado, néscio, que está sem óculos, ou que não tem visão!
Mas, o rico
diz: é falta de sorte, ou, se ele errou foi por sua falta de atenção.
Ninguém na
terra é, por demais, perfeito! Ver defeitos em nós é o que mais há!
O evangélico
diz que é pecado o seu falar, e o macumbeiro diz que deu azar.
Na luz da
vida, e a bem da verdade, quem quer se ajeitar ainda arranja jeito.
E o que mais
nos mata e tira a esperança é a indiferença e o preconceito!
Há o legal-engano
bem normatizado e o que era errado, meio-certo, se oficializou.
Quem era
certo e combatia o mal por um grande engano se martirizou?!
O senhor
José, dizem Zé das couves. O seu Manuel lhe chamam de Mané!
E o que dirão
da mulher que virou homem e também do homem que virou mulher?!
Quem vai
além dos seus legais limites e concede a sua alma tudo o que ela quer,
Esse tal não
conhece o Criador da Sabedoria. Mas, faz tudo isso, e não é Zé-Mané?!
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