sábado, 14 de junho de 2014

MS: O HOMEM DO SACO FURADO.

                                   
            Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6:7.

            Havia em certa cidade um compromisso entre os seus moradores: Todos os anos eram sorteados homens pais de famílias para proverem as necessidades alimentares dos seus habitantes. Todos trabalhavam, mas a administração de todos os bens ficava a cargo de grupo escolhido. Todos os anos se festejavam o final da administração de um grupo e o início da administração do grupo sucessor. Era um costume tão antigo que ninguém sabia quando havia começado e nem por que.

            Devido a esse tipo de administração, a cidade era muito segura. Todos os seus habitantes viviam fartamente. O padrão de vida era elevado e todos cuidavam do que era do seu próximo. Já eram muitas gerações passadas e não constava na sua história nenhum período em que alguém tivesse agido de maneira desonesta ou que alguém tivesse passado por necessidade. Era uma cidade perfeita: Uma verdadeira Comunidade!

            Mas a sua fama era muito grande e as suas qualidades exaltadas até no exterior. Era visitada por muitos Chefes de Estados, e ali moravam muitos Embaixadores. A sabedoria de seus moradores era narrada no mundo inteiro. Por esse assédio cresceu em demasia e o número de seus administradores anual foi crescendo proporcionalmente ao número de habitantes.

            Os muitos governantes, que vinham aprender como administrar bem com a participação de todos, passado um tempo, começaram a dar palpites nos negócios da Cidade. E já havia entre os seus administradores, pessoas que não nasceram na Cidade, nem no Estado, e nem no País.

            E num ano de muita fartura houve um concurso entre os administradores daquele ano, onde podiam também participar um representante de cada País que tivesse Embaixadores morando ali. O concurso era; o homem que trouxesse de uma só vez à Praça principal, a maior, mais pesada, e a mais valiosa carga de alimentos, seria o vencedor, e como prêmio, faria parte em três anos consecutivos da administração da Cidade.

            Os concorrentes podiam usar o vasilhame que quisesse para transportar os alimentos da lavoura até à Praça principal. Sendo, porém que tudo deveria vir sobre os ombros do concorrente ou sendo arrastado por ele. Alguns preparam vasilhas de alumínio; outros, de plástico; e outros preparam sacos de pano. Quase todos estavam com o espírito de participação, sem a intenção de ser o primeiro, principalmente os que eram da Cidade.

            Entretanto, no meio destes, surgiu um homem determinado a vencer o concurso a qualquer preço. Fez um saco não muito largo, mas muito comprido; pensando ele: coloco muitos frutos da terra nesse saco e vou o puxando até à Praça e assim vencerei e mudarei o que não gosto nesta cidade.

            No dia do concurso, todos os concorrentes estavam preparados. Muitos brincavam entre si, mas o homem que queria vencer estava tenso. Então, os juízes deram início à prova, a qual tinha uma hora de duração. Dez minutos depois começaram a chegar os concorrentes; uns traziam frutas, legumes, outros traziam cereais; depositavam seus vasilhames na balança e calculavam o volume e o preço. E todos tinham resultados semelhantes, relativos ao volume, ao peso, e ao valor.

            Depois de cinqüenta e oito minutos, chegou o homem do saco longo. Ele havia colocado muitos frutos grandes e pesados no fundo do saco e por cima, colocou verduras, pois queria vencer a prova. Mas ao se aproximar da banca de juízes, percebeu que o seu saco furara, e quase todos os produtos tinham se perdido no decorrer do caminho. Levantou o saco para pô-lo na balança e ficou envergonhado; havia transportado o menor volume e o menor peso.

            Todos festejavam, porque porque o povo da Cidade era feliz! E todos os homens que tinham no seu coração o desejo de mudança, para atender necessidade individual, logo perceberam que tudo estava em conformidade com a vontade da maioria do povo, e que não havia necessidade de mudança na administração da Cidade. O homem declarou ao povo a sua intenção de vencer ao concurso e o que fez. E, então, todos os estrangeiros viveram ali felizes, como se aquela Cidade fosse o seu próprio País.

  O bom é fazer tudo com segurança e honestidade! WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br

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