A
Cidade amanheceu chorando! O morro desceu sem querer,
E
trouxe consigo os barracos; e eu não sei onde encontro você.
Estou
na calçada da rua; não sei onde foi o meu lar!
Agora
sem ter documento, não posso também trabalhar.
Eu
vou aceitar um abrigo, para ganhar referência.
Perdi
os meus documentos e estou como quem tem doença!
São
muitos os desabrigados, e eu nem consigo chorar.
Ainda
estou tão confuso; não sei o vão me falar!
A chuva voltou a cair, e o morro ainda corre perigo.
Desci
e não posso subir, e ninguém me falou de abrigo.
Amanhã,
como vou trabalhar? Eu estou de camisa e calção;
Nem calçado eu tenho nos pés. Há
em mim a maior confusão!
Estou como um desconhecido, e não
posso me apresentar;
Pois não sei afirmar quem eu sou,
e nem sei se vão me procurar!
Será que eu vivo, ou sou morto? Ninguém
parou para falar comigo!
Eu só ouço falar sobre corpos e que
há muitos correndo perigo.
Ó meu Deus, me sacode e me acorda!
Eu não quero ficar como estou.
É tão grande o meu desespero! Dê
aos homens um pouco de amor.
Só em Ti eu tenho esperança, e não
vai passar sem me ver!
Pois, já vejo um exército de anjos
que enviou para me socorrer.
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