Derrete o gelo do polo. É do coração o dolo; o vento sopra
em tufão!
A chuva do céu não desce, o solo se endurece e nega a
reprodução.
O homem constrói cisternas para o verão que se inverna,
Guardando a água escassa, que cai da nuvem que passa num
milésimo de fração!
A vida é de sacrifício! Mas, o que tem você com isso vivendo
numa mansão?
E se tem a água encanada, come até de madrugada; não se
envolve na questão!
Do sol queima sem pudor, da terra sai um calor, que até faz
rachar o chão!
O homem se faz atrevido, forte, desiludido, e foge do seu
quinhão.
Deixando para trás os laços, levanta seu fraco braço para dizer;
volto já!
Mas não se encontra seguro, pois vai saindo tão puro com o
estômago a roncar!
Nem vai levando panela, não tem fósforo e nem tem vela, mas
queima o seu coração!
Vê cada vez mais distante a terra em que se criou o seu pai,
o retirante, que foi antes, não voltou.
Quem já nasceu na cidade e ainda tem pouca idade, só maldiz
a natureza!
Pelas enchentes das ruas, as quais lhe trazem o desconserto,
e do mendigo tira o leito.
Do pobre destrói a morada, que era um barracão, e o homem se
abrasa e suja de lama o seu pão.
Aparecem os entendidos, iluminados, floridos, para nos dar
explicação!
Dizem que choveu em demasia, se entrelaçam e com porfias,
falam da própria visão.
Mas continuam com a barragem sobre o solo da cidade: É a
impermeabilização!
Se a água corre por cima, querem construir piscina debaixo
do arranha céu.
E pôr água lá no fundo, para se mostrar ao mundo como foi o
amargo o mel!
Não tem culpa a natureza se o pão da sua mesa um dia vir a
faltar!
E também secar na barragem, a que produz muitas voltagens
para nos iluminar!
É você que faz as leis, que cobra no fim do mês tudo que eu
posso gastar,
E determina o que eu faço, manda-me seguir os meus passos, e
me faz acreditar.
Por isso sou responsabilizado, não me excluo desse dado,
porque me expressei na questão.
Quando eu fui consultado havia outros ao seu lado e pus em
você a razão.
Em você me represento, e lhe dou do meu alimento, para me
representar!
Não fuja do compromisso, dizendo: que tenho eu com isso! Que
eu lhe tiro de onde está!
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