domingo, 9 de agosto de 2015

POESIA: ERA UM POÇO E DEPOIS UM RIO – 079 – FAR XIII.

Não era uma corda fina, era um fio. E era um poço, e, depois, um rio.
Era um oásis no deserto, e o fim da areia da terra já estava perto!
Ali havia pássaros de arribação, havia ervas verdes e frutos maduros da estação.
Ali havia sombra, água fresca e segurança, e estava ali como uma criança!

Mas não ficou por muito tempo nesse lugar; tinha que ao deserto atravessar!
E caminhou com uma grande multidão; era pouca a água e medido o pão.
E caminhávamos sem saber por onde íamos passar, para chegarmos ao lugar.
E uma grande multidão nos impedia, por isso nós caminhávamos de noite e de dia.

E foi assim mesmo por muitos anos, até que se findaram os nossos enganos!
O povo velho foi caindo nas estradas, e o que nascia prossegui a caminhada.
Mas encontrava barreiras e inimigos de montão, e nem deixou cair o cajado da mão!
Porém, quando se dispuseram a lutar venceram aqueles que os impediam passar.

E ainda havia rio para atravessar, mas o povo gritou e muralha resistente derrubou!
Mas, só os que obedeceram sem murmurar, venceram e puderam entrar naquele lugar!
Quando acordou viu que era uma corda e um poço e um fio e estava tudo depois do rio.
Não era um sonho ou uma visão perdida! E era água viva, terra boa, trabalho e comida.

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