Eu vi um homem como um Bicho comendo lixo num saco de podridão!
E quando interpelado sorriu amarelado, dizendo que era alimentação.
Como um animal agindo tão natural! Sorrindo mal um sorriso mortal.
E mostrou os dentes sujos com o lixo, pior do que os de um verdadeiro Bicho!
Fiquei tão indignado por saber que ali ao lado havia tantos desperdícios!
E você me pergunta o que tenho eu com isso?! E eu respondo a você.
Isso me faz sofrer! Pois dói em mim a dor dele, que sofre sem entender.
Pensando o que fazer com a tal situação: eu vejo a Indiferente Multidão!
Há tantos homens que se fazem bandidos, que matam e fazem feridos.
Na sua grande ambição correm em busca de riquezas; estão no topo da fama!
Mas a nem um a mão abana, e fecha como a pestana: não vê a humilhação!
Fiquei tão contrariado por ter visto o desgraçado sem fazer contestação.
Saiu sorrindo o coitado! Não se sentiu humilhado nem negou sua intenção!
Pois levou como alimento aquele troço nojento; como abutre no sertão!
São muitas as autoridades e muito mais os covardes cegos sem ter visão!
Não sabem a grande arte: no mundo e em toda parte não há vida sem ter pão.
Há quem se faça de santo, dizendo: isso eu garanto! E nunca pisou no chão!
Tem a mente tão distante e pensa tão diferente! Não sente a dor do irmão!
Eu me revolto e decreto: só dou o meu voto secreto a quem se me representar!
E no meio da multidão mostrar indignação, abrir a sua boca e gritar.
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