Como, eu como, se ter não tenho, se
ganhar,
Eu não posso e se eu pedir, eles não me
dão?!
Eu
pergunto aos homens que governam o mundo, qual a solução?
Eu vivo
sozinho, não tenho carinho, nem casa, nem pão!
Eu não
tenho amor, minha vida é só dor, nem tenho razão.
Sou
menino carente, mas não sou demente. Sou gente também!
Sou menino
de rua, mas a culpa é sua? Ninguém me adotou!
Ninguém
me abrigou! Não me dá segurança, nem olha para mim.
Ninguém
comigo divide seu pão, nem me chama de irmão!
Eu vivo
vagando, na rua morando, sem ter paradeiro.
Se o
erro acontece, quem fez não aparece, me culpam primeiro.
Como
vivo é tão mal: lixo social dessa total podridão!
Sou a
razão da ameaça, e de toda desgraça, e da destruição?
É a noite
chegando, é a chuva caindo e eu durmo no chão.
No meio
da rua. Calçada tão nua, sem ter proteção!
O dia
amanhece! O sol aparece, e eu não tenho para onde ir!
Para o mundo
é tão mal esse tal social, que se esquece de mim!
Eu não tenho
amor. Minha vida é só dor!
Sobrevivo assim!... O que esperam de mim?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário