sábado, 8 de novembro de 2025

Dia 08/11/2025 - A NATUREZA EM CONFUSÃO - 02. FAR POE.

      A NATUREZA EM CONFUSÃO -02. FAR POE.

 

                O meu peito está em chamas como as matas do Brasil!

                Porque a ambição é tudo e não é nada!

                As loucuras que se fazem agora, nunca foram esperadas.

                É o homem buscando o fim: de cimento forra a praça,

                O céu, de negras fumaças, nos rios venenos mil!

 

                Há inverno em dezembro! O tempo se confundiu!

                As flores já nascem mortas no começo de abril.

                As árvores já não têm cascas, revestem-nas óleo

                E borracha, que de noite caem do céu.

                O homem fica perplexo olhando ao arranha-céu!

 

                A chuva é descontrolada: chove tudo ou chove nada!

                E o sol também está assim!

                Já não se tem primavera, no tempo que era dela,

                O outono a dominou!

                As árvores ficam peladas, sem forças para resistir!

 

                Com sua força total trabalha o bem contra o mal,

                Mas pouco pode fazer, porque o mal é mais forte

                E o bem tem pouco dote: o mal vai permanecer,

                Para ver o homem arrependido, gritando,

                E dando gemidos até na hora de morrer!

 

                Mas, vem chegando à primavera, com perfumes

                Exóticos e coloridos mil.

                Só não vem no tempo certo, mas também o que se espera?!

                Se o inverno é primavera e no verão a flor surgiu!

                Com o outono antecipado, com início em dezembro,

                E terminando em abril?!

 

                É a natureza em confusão: é outono ou primavera?

                É inverno ou é verão?!

                Não há início nem fim delimitando a estação.

                Já está chovendo óxido, carbono, ácido e carvão.

                Os peixes morrem afogados, os pássaros tão depenados!

                Cambaxirra e gavião.

 

                A natureza reclama. O homem diz que a ama.

                Mas proclama a sua destruição.

                É preciso dar um jeito: ver o certo no defeito!

                Amar com mais decisão! E enfrentar a realidade!

                Arborizar as cidades, e não destruir o sertão.

        

                E na luz da clara idade, ter por fé só a Verdade.

                E ser constante por todo o dia e ver que a vida é natureza!

                E nesse amor de certeza planejar com sutileza

                E toda sabedoria o uso racional no controle da energia.

        WWW.BLUGGERjcorreasomente.blogspot.com.br

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