quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

POESIA: A NATUREZA EM CONFUSÃO – POESIA-55.


A NATUREZA EM CONFUSÃO – POESIA-55.

O meu peito está em chamas como as matas do Brasil.
Porque a ambição é tudo e não é nada!
As torturas que se fazem agora nunca foram esperadas.

É o homem buscando o fim, de cimento forra a praça,
O céu de negras fumaças, nos rios venenos mil.
Há inverno em dezembro, as flores já nascem mortas,
No começo de abril, as árvores já não têm cascas,
Revestem-nas óleo e borracha, que de noite caem do céu.

A chuva descontrolada: chove tudo ou chove nada;
O sol também está assim.
Já não se tem primavera, o tempo que era dela o outono dominou.
As árvores ficam peladas, sem forças vão se vestir!

Com sua força total trabalha o bem contra o mal,
Mas pouco pode fazer, porque o mal é mais forte,
E o bem tem pouco dote: o mal vai permanecer,
Para ver o homem arrependido, gritando, dando gemidos,
Até na hora de morrer.

Mas, vem chegando à primavera com perfume exótico,
E coloridos mil; só não vem no tempo certo,
Mas também o que se espera?!
Se o inverno é primavera e no verão a flor surgiu,
Com o outono antecipado com início em dezembro,
Terminando em abril!
É a natureza em confusão: é outono, ou primavera; é inverno,
Ou é verão?
Não há início nem fim delimitando a estação!?
Já está chovendo óxido, carbono, ácido e carvão.
Os peixes morrem afogados, os pássaros tão depenados:
Cambaxirra e gavião.

A natureza reclama. O homem diz que a ama,
Mas proclama a destruição.
É preciso dar um jeito: ver o certo no defeito,
Amar com mais decisão.
Enfrentar a realidade, arborizar as cidades,
E não destruir o sertão.
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