terça-feira, 17 de julho de 2018

POESIA: A NATUREZA EM CONFUSÃO! – 55 – POÉTICO.


A NATUREZA EM CONFUSÃO! – 55 – POÉTICO.

O meu peito está em chamas, como as matas do Brasil!
Porque a ambição é tudo e não é nada.
As torturas que se fazem agora nunca foram esperadas.
É o homem buscando o fim, de cimento forra a praça,
O céu de negras fumaças, nos rios venenos mil.

Há inverno em dezembro, as flores já nascem mortas,
No começo de abril, as árvores já não têm cascas,
Revestem-nas óleo e borracha, que de noite caem do céu.
A chuva é descontrolada: chove tudo ou chove nada!
O sol também está assim.

Já não se tem primavera, o tempo que era dela o outono dominou.
As árvores ficam peladas, sem forças vão se vestir?
Com sua força total trabalha o bem contra o mal,
Mas pouco pode fazer, porque o mal é mais forte
E o bem tem pouco dote: o mal vai permanecer,
Para ver o homem arrependido, gritando, dando gemidos,
Até na hora de morrer.

Mas, vem chegando a primavera, com perfumes exóticos,
E coloridos mil! Só não vem no tempo certo!
Mas também o que se espera?!
Se o inverno é primavera e no verão a flor surgiu,
Com o outono antecipado com início em dezembro,
Terminando em abril!

É a natureza em confusão: é outono ou primavera,
É inverno ou é verão?
Não há início nem fim delimitando a estação.
Já está chovendo óxido, carbono, ácido e carvão.
Os peixes morrem afogados, os pássaros tão depenados:
Cambaxirra e gavião.

A natureza reclama. O homem diz que a ama,
Mas proclama a sua destruição.
É preciso dar um jeito: ver o certo no defeito,
Amar com mais decisão.
Enfrentar a realidade, arborizar as cidades,
E não destruir o sertão.
WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário