O
Q
O QUE EU QUERO - 96- FAR II.
Na armadura de meus versos
eu cantarei,
Chorando a sorte de meu povo
enganado.
Não quero que me chamem
habilidoso.
Que importa se me dizem
desgraçado?
A ordem de meus versos nada
diz.
O sentimento vem assim de
supetão.
Arranca-me a palavra da
garganta.
E arrocha mais a dor no meu coração.
Amigo, sofredor e tão cativo,
O que traz de esperança para me dar?
Será que traz a luz da
claridade.
Solução do seu problema de
enxergar?!
Não quero que me tenham
piedade,
Nem quero que me vejam assim
chorando!
Carrego o sentimento desta vida,
Como Jesus Cristo a sua cruz
foi carregando.
As flores da minha estrada, eles
retiraram,
Sobre ondas de espinhos eu vou
nadando.
Por que o meu pensamento é
tão cruel?
E me fez nesse caminho
percorrer?
Mas eu bem sei que a
eternidade me espera,
E já começo ver a luz do
amanhecer.
Oh! Flores, dias doces e tão
suaves que sonhei!
Não quero mais pensar em
solidão!
Eu carrego a minha cruz
contentemente,
Pois eu sei que ela traz o
meu perdão.
Começo a ver a luz do
amanhecer,
E não quero mais me perder
em escuridão.
Venha, caminhamos juntos.
Venha, dê-me aqui a sua mão.
Não espere um minuto só.
Comece a ver a luz da amplidão.
Ó minha gente amiga, venha,
corra, aqui tem luz.
Não fique aí sentada a esperar que venha
algum Líder e lhe conduz.
Ó pobre minha gente amiga,
oprimida, iludida e desgraçada!
Que pensa, neste mundo de mentiras, conquistar?
Lute, seja forte. Ó minha
gente. Começamos em claridade caminhar.
Acenda aqui agora a sua tocha
e não a deixe mais se apagar.
Escrito em: 14. 01. 1980.
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