segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

POESIA: DA COR DO AMOR- 061 – FAR XIV.

O tempo passou depressa e nós não vimos e corremos.
E foi o sol que tornou aos nossos corpos tão morenos!
Foi ali perto do sol do norte que os nossos pais nasceram.

E para a brancura da neve do sul foram se distanciando,
E se tornaram um pouco diferentes, os seus derradeiros.
Somos todos irmãos, filhos de um mesmo casal.
Somos todos humanos. Não há por que nos falar mal!

A minha pele enegreceu, mas a minha carne não.
Só um manto escuro o sol quente do norte me deu!
Mas a minha carne sangra como sangra a carne sua.
E a minha alma dói mais do que dói a minha pele nua!

Não há outra raça humana. Tolo é quem se engana!
Só há uma raça humana! Mas há que tenha a mente insana!
Você não pensa assim! Eu sei que você pensa como eu.

O meu coração bate forte, e se inunda de vida como o seu.
Doei o meu sangue ao seu igual doente e ele sobreviveu.
E eu fiz morrer nele e nos que me viram o preconceito.
E você da região central ainda não nos entendeu direito?!

Com o meu manto quente, eu não me sinto diferente,
Pois sei que por debaixo da pele sou igual a toda gente.
O sol do norte é bem mais quente e forte do que o sol do sul,
E é por isso que você tem sobe a pele branca essa veia azul!

Mas o tempo passou e a necessidade, dos viajantes,
Dos descobridores, a cor de nossas peles misturou.
E nós ficamos assim tão misturados, da cor do amor!

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