terça-feira, 7 de junho de 2016

POESIA: SUCUMBEM. – 43. POESIA.

Sucumbem sobre a terra, nas valas negras e vielas,
homens sem aceitação, que só dizem: e eu com isso!
E sem nenhum compromisso semeiam a corrupção
de pobres e miseráveis de vivências condenáveis,
malditos de ante mão!

Rugem os fuzis bandidos, são presos, mortos ou feridos;
disparando sem cessar, atingem o inocente,
no meio de tanta gente, que cai ao cambalear.

Cessado o fogo ardil, ainda quente o fuzil,
toma outro o seu lugar.
Bandido não tem fronteira! Quer desgraças à praça inteira! 
E mesmo no funeral decreta luto à favela,
e a pobre gente amarela aceita sem comentar.

Só há piora na raça, onde nasce a desgraça da raridade hostil
da pobre triste menina que a qualidade fascina da metralha e do fuzil.
São meninas mães-solteiras, quase sempre arrependidas;
nascidas sem ter infância e com a juventude perdida,
bailando como um boneco o Rebento em pandarecos
que chora na sacudida.

A coisa é triste e feia, pois só se constroem cadeias em busca de solução!
E o que se colhe, se semeia e nasce à insatisfação em muita gente ferida,
que por nada  perde a vida, sem ganhar educação!

                      WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br 

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