Se
a água sair da fonte, já não se podem a deter;
Vai
para muitos lugares e volta sem você ver.
O
homem entra em polêmica, forma grande confusão!
Transforma um rato num monstro; um
cordeiro num leão!
Toda
pessoa é livre até quando tiver razão,
Não
extrapolar os seus limites e respeitar os de seu irmão.
Mas,
se transgredir as leis, promover a conturbação,
Logo
ele cai em desgraça e a si se condena à prisão.
Ninguém
é tão soberano que tudo possa fazer!
Pois
quem vai além de seus passos perde o tempo de viver.
E,
como se perdem tempo discutindo o que é banal!
Querendo
tirar os dos outros ao que eles acham ser normal!
Até
que se podem censurar, dar conselho ou coisa assim!
Mas
ninguém pode impedir se o que eu quero está em mim!
Não
há guarda nem censura nem cabe ao legislador mudar,
Na
mente do homem, o seu sentido sobre o amor!
Pois,
cada ser guarda o que é seu, e cada qual tem seu valor!
Só
posso ter liberdade, se eu respeito à do senhor.
Se
a árvore não der fruto não vai se multiplicar;
Um
dia morre na terra, e deixa a outra entrar no seu lugar!
Ninguém
pode censurar do homem o seu pensamento,
Nem
abrir o seu coração e arrancar o que tem lá dentro.
Não
é questão de poder, mas de saber o de entendimento,
Há
muitos perdendo a vida, porque querem este momento!
Somos
eternos em existência; não paro e nem vou correr!
Pois
tudo começa agora; fui morto, mas vou viver!
Sou
árvore que deu semente e já me espalhei pelo chão,
Arborizei
as cidades, dei fruto na tenra idade até chegar ao sertão!
Sou
árvore da catingueira, que tem água na raiz,
Que
floresce em plena seca e faz um todo povo feliz!
Sou
machucado nas lutas, mas sempre sou vencedor!
Porque
dedico a vitória a você que me ajudou.
A
água nasceu no monte, foi além, voltou à fonte e ninguém a percebeu.
O
barro virá a ser terra, depois de breve quimera, e esse barro sou eu!
Fui
trazido à liberdade! Sou caro em toda idade! Não cresci na servidão!
É
você que tem valor, quando conhece o Amor, e sabe quem tem a razão!
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