sexta-feira, 4 de abril de 2014

POESIA: SENTINDO COMPAIXÃO! – 084. FAR XII.

Eu sei que você passa no meio da gente, olhando para frente. Não quer nem nos ver!
Mas nós estamos doentes do corpo e da mente. A droga está destruindo o nosso ser!
Não queremos a liberdade que dizem que temos direito. Não podemos ficar desse jeito!
Nós estamos viciados pelas drogas, com o querer dominado: não sabemos escolher.

Não há ninguém com o seu juízo perfeito, assim desse jeito, preferindo morrer a viver.
Deixem de falar hipocrisia. Nós não queremos que nos deem os direitos de cidadãos!
Porque estamos derrotados, dementes e depauperados e não conhecemos a razão.
Por favor, mandem socorro! Venham nos resgatar com força, e mandem alguém nos cuidar!

Já somos como carnes estragadas; fedemos as ruas, os jardins e as calçadas, e em todo lugar!
Tenham senhores de nós compaixão. Abram o seu coração, e a nós não nos deixem nos matar!
Amanhã pode ser tarde, porque já estamos corroídos. A droga nos furou o tímpano do ouvido?
Já somos confundidos com ladrões, vadios e bandidos, e de ninguém mais somos queridos!

Não faremos falta a ninguém. Apenas vão dizer que foi mais um que já mui tarde se escafedeu.
Mudou de lugar para outra esquina! Nem vão perceber que apagaram a luz da nossa lamparina!
Não temos direito, porque não temos entendimento, somos como o filho da égua com o jumento.
Assim nesse estado, é possível que morramos enganados e nem baixemos o número do eleitorado!

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