quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

POESIA: A ERA ATUAL – 92. FAR I.

        Olho os jornais que podridão;
        pedaços de gente espalhados no chão.
        A morte espalhada, que sorte danada,
        sangue escorrendo da boca morrendo.
        O homem gritando por socorro em vão.
        São partes de vidas achadas perdidas: morte sem perdão.
        Olho os jornais, que podridão.
        O horror espalhado, olhos esbugalhados, pobre coitado,
        Que terror, qual a razão?

        Olho as calçadas, que sorte danada,
        crianças perdidas de tão pervertidas, emboladas no chão.
        Olho as vielas, crianças amarelas, descalças, sem pão,
        Brincando com a morte, que vida, que sorte?

        Olho os trens que vão e que vêm com tanta esperança,
        De quem vê na cidade a maior solução
        e de quem parte ofendido pela decepção.
        Olho o passado do tempo parado,
        em que quase nada acontecia!
        Mas hoje em dia é até covardia!

        Há um milhão de fatos num segundo,
        E com um minuto se quiser se ceifa o mundo.
        Olho o ser humano com tantos desenganos:
        Mente sádica e pensamentos insanos.

        Olho o homem atual que resiste a vida
        e com o bem combate o mal.
        Vejo o que não quero! Quanta tentação:
        Desrespeito à criança, à vida, à infância.
        Olho o futuro tão inseguro, com tanta ânsia
        e razões em abundância!

          WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br 

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