O homem que era temido se fez
atrevido e caiu das alturas!
Perdeu a sua fala mansa. Ficou sem
esperança: está na sepultura!
Caiu como a banana podre cai do cacho
e de cabeça para baixo.
Agora anda articulando uma saída, mas
está quase sem vida!
Entrou no aposento e se trancou. E
vive suspirando sem notar.
Travou a sua boca num silêncio, não
fala e nem quer aparecer.
Caído em profundo sentimento. Não
sabe o que pode acontecer!
Ainda se escuda no passado, mas agora
se cegou! Não sabe ver.
São rios de denúncias acusativas, e fraco,
não quer mais se levantar.
A cova é cada vez mais apertada e já prendeu
os seus pés o lamaçal.
Seus dedos já estão comprometidos e
roto se tornou seu calcanhar.
Quem sabe a tempestade se arrefeça e dê
um tempo pra ele respirar?
Os loucos acordaram do silêncio e
estão gritando como um só acusador.
Eles não sabem o que querem encontrar,
mas faz quem sabe o denunciar.
Agora há rumor por todas as partes,
que faz até o mudo se enaltecer.
Segura já não é a sua casa e
nem é bom lugar pra se esconder!
Os homens já armaram as arapucas e
espalharam laços nos caminhos.
Do alto cai o homem em desespero. E
no poço ele não quer ficar sozinho!
Arrasta com seu peso e sua força
aqueles que queriam se esconder.
Por isso, ninguém vai chegar a ele,
pois sabe que pode se comprometer!
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