POESIA: NO FINAL DA RUA! 215. FAR XI.

Passa, passa! Passa tudo na rua curta ou comprida!

Logo chega e tudo passa e termina a nossa vida!

Muitos correm nessa rua, passam e não querem parar.

Passam dormindo por ela, não querem nunca acordar!

Quando um sai o outro entra, e o bastão do corredor,

Muda de mão de repente e permanece o que ficou.

São tantos que entram nela e nunca aprendem correr!

Fazem muitos treinamentos, não olham nem pra você!

Há outros que vão andando e fazem nela o seu caminho,

Levantam os que estão caídos, tudo bem devagarzinho!

A extensão dessa rua tem, sempre, um só comprimento,

Quem corre desesperado chega logo num momento!

Há quem não corre nem anda, mas, vai, pelo mesmo caminho.

Quando chega nem percebe que nunca esteve sozinho.

Daqui eu vejo o fim da rua com saídas no final,

Com duas placas escritas: Porta do Bem! Porta do Mal!

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