domingo, 19 de maio de 2013

MS: O LOBO VESTIDO DE OVELHA.


                 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido. João 10:11,14.
                 Certa vez, em um monte, próximo de uma campina verdejante, observava o lobo às ovelhas, que pastavam tranquilamente. Elas eram conduzidas ali por um pastor, e ele as observava o tempo todo. Conduzia-as às fontes de águas e elas se fartavam de alimentos em segurança.
    
                 Disse, então, o lobo para si mesmo: Eu, todos os dias, necessito de abater a minha presa, para me alimentar. Naquelas ovelhas eu não posso tocar, porque elas são obedientes ao pastor e não se afastam dos seus olhos. Preciso arquitetar um plano, para que eu possa comer algumas delas. E disse: Se eu me aproximar do jeito em que estou, com essa cara de faminto, e me investir contra elas; serei morto pelo pastor. O que farei?

                 Descobriu o lobo, quando atacava a uma raposa, próximo a um galinheiro, uma ovelha empalhada. Disse ele a si mesmo: vou me vestir de ovelha e assim entrarei no meio do rebanho e não serei reconhecido. Vestiu-se então o lobo com a pele da ovelha e quando o pastor estava um pouco distante do rebanho, aproveitou a oportunidade e entrou no meio.

                 As ovelhas estavam todas alimentadas e se deitavam no campo revestido de relvas. Descansavam à sombra dos arbustos. E o pastor vendo que nada acontecia; que tudo em volta do pasto parecia calmo e tranquilo, às vezes cochilava. E o lobo percebeu que o pastor estava dormindo, então se levantou do seu lugar e foi até a uma pequena ovelha que estava à margem do pasto, e falou com ela: Vem comigo até as fontes de água, porque estou com sede.

                 A ovelhinha o acompanhou, e ele a conduziu a um lugar distante e a matou e a comeu. E ficou aguardando o momento certo para se aproximar novamente do rebanho. Despertando o pastor do seu sono, olhou para o sol e viu pela sua iluminação que era à hora de conduzir o rebanho às águas, para, a seguir, conduzi-lo ao aprisco, e assim fez.

                 Aproveitando, a aproximação do rebanho da fonte, o lobo que havia se posto entre uns arbustos se infiltrou no rebanho. Após todas as ovelhas haverem saciado a sede, foram conduzidas pelo pastor ao curral. Se pondo o pastor à porta de entrada, contava as ovelhas. E contadas, foram achadas corretas; nenhuma faltava. Porque o lobo havia tomado o lugar da que ele matou.

                 Nesse primeiro dia, o lobo dormiu com as ovelhas. Ficou incomodado com o curral fechado e com o pastor à sua porta. Mas, pensando no dia seguinte, quando, com certeza, levaria outra ovelhinha para um lugar distante do rebanho e a mataria e comeria. Dormiu e não uivou e nem baliu.

                 Amanhecendo o dia, o pastor separou as ovelhas leiteiras, para recolher o seu leite, e outras, para lhe retirar lã. Mas ele, o lobo, não foi escolhido, porque tinha pouca lã na sua vestimenta, e não havia aparência de leite em seu ubre. Então, depois dessas operações, todo o rebanho foi conduzido ao pasto pelo pastor. E assim, o lobo viveu o seu dia de ovelha.

                 E no pasto, novamente, o lobo aproveitando o tempo em que o pastor cochilava e dormia, repetiu a operação do dia anterior. E pensou consigo: jamais serei descoberto. Mas ao término do dia, conduzindo o pastor às ovelhas ao curral; se pôs à porta e contava diligentemente o rebanho. E contado, faltava uma. Então saiu o pastor a procurar a ovelha, que havia se perdido. E procurando o pastor além do pasto, num lugar distante, encontrou os restos de duas ovelhas.

                 O pastor conhecia as suas ovelhas e examinando-as, uma a uma, para ver quais haviam sido mortas, encontrou o lobo dormindo tranquilamente no meio do rebanho. Então, rapidamente, pegou o pastor uma corda e amarrou o lobo pelas quatro patas. E o deixou dormindo no curral. Pela manhã, abriu a porta do curral e deu ordem ao rebanho que saísse; e saindo o rebanho, o lobo se despertou e viu que estava preso. E o lobo pensou consigo mesmo: o que eu previa me acontecerá; serei morto!

           O pastor retirou a vestimenta falsa do lobo diante de todo o rebanho e o sacrificou, e os pendurou na porta de entrada do aprisco o lobo morto na sua pele, e a pele de ovelha a que tinha vestido. Isso serviu para que as ovelhas não confiassem em ovelhas que querem se saciar antes da ordem do pastor, e para não mais se perderem. E tomou também o pastor mais cuidado com as suas ovelhas e nunca mais dormiu enquanto arrebanhava. E assim o lobo foi desmascarado e morto. As ovelhas não desobedeceram mais ao seu pastor e nem o pastor dormiu enquanto apascentava. O rebanho cresceu e se multiplicou e outros pastores vieram para apascentá-lo. a>WWW.BLUGGER</a> – jcorreasomente.blogspot.com.br 


Nenhum comentário:

Postar um comentário