Por
que eu deveria cantar, se ainda dói a minha ferida?
Por que você não vai à rua ouvir
o que se fala sobre a sua vida?
Há tantas coisas que podemos
fazer e ocupar o tempo para viver!
Eu gostaria de voar com o meu
pensamento e passar bem próximo,
ou até tocar o céu. Mas não
posso ir tão longe, pois quem me procura,
para pedir socorro, mora ali no
morro ou lá no alagado,
e eu me sentira mui culpado pelo seu estado sem a
minha mão!
Não sou orador em busca de
aceitação! Não quero nada das pessoas!
Mas me sobrevoa a imaginação! A
minha palavra é forte como a vida!
Ela cura as feridas, vai ao
mundo inteiro, sem gastar dinheiro!
Eu queria dormir um sono
primeiro com o meu confortável travesseiro!
Mas eu não consigo ouvindo
gritar a sua voz, chamando por nós,
Vindo do alagado ou lá do morro,
implorando, e pedindo por socorro!
Que me perdoem os homens
letrados, os doutores de tudo, cheios de razão!
Eu não consigo dormir no
conforto, enquanto é morto na rua um irmão!
Eu grito, mas a minha voz não
sai. Parece que emudeci, mas eu me ouvi?
Ou talvez eu já esteja morto e
não me lembra do tempo que me esqueci!
Por que você não tenta falar
comigo? Eu sei que estou vivo e posso socorrer
Há muitos que morrem antes do
tempo; e eu lamento também por você!
É maldade esconder a verdade e
fazer pouco da destruição.
Há tanta covardia e a noite é
fria. Não pode dormir assim nesse chão!
Quem disse que não há solução?
Nas trevas escuras não pode enxergar.
Você também é responsável, se
você já ouviu e não quis me escutar.
Quem disse que você não vale
nada! Você é uma pedra bruta;
Mas vai ser joia rara, porque está
na cara com o escrito em sua mão.
Acorda, porque eu não durmo.
Levanta o seu corpo a vai procurar;
Porque agora você já conhece e
sabe que merece, e vai me ajudar.
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