sábado, 29 de junho de 2019

POESIA: A NATUREZA EM CONFUSÃO! – 55 – POÉTICO.


                A NATUREZA EM CONFUSÃO! – 55 – POÉTICO.

                O meu peito está em chamas, como as matas do Brasil!
                Porque a ambição é tudo e não é nada.
                As torturas que se fazem agora nunca foram esperadas.
                É o homem buscando o fim, de cimento forra a praça,
                O céu de negras fumaças, nos rios venenos mil.

                Há inverno em dezembro, as flores já nascem mortas,
                No começo de abril, as árvores já não têm cascas,
                Revestem-nas óleo e borracha, que de noite caem do céu.
                A chuva é descontrolada: chove tudo ou chove nada!
                O sol também está assim.

                Já não se tem primavera, o tempo que era dela o outono dominou.
                As árvores ficam peladas, sem forças vão se vestir?
                Com sua força total trabalha o bem contra o mal,
                Mas pouco pode fazer, porque o mal é mais forte
                E o bem tem pouco dote: o mal vai permanecer,
                Para ver o homem arrependido, gritando, dando gemidos,
                Até na hora de morrer.

                Mas, vem chegando à primavera, com perfumes exóticos,
                E coloridos mil! Só não vem no tempo certo!
                Mas também o que se espera?!
                Se o inverno é primavera e no verão a flor surgiu,
                Com o outono antecipado com início em dezembro,
                Terminando em abril! 

                É a natureza em confusão: é outono ou primavera,
                É inverno ou é verão?
                Não há início nem fim delimitando a estação.
                Já está chovendo óxido, carbono, ácido e carvão.
                Os peixes morrem afogados, os pássaros tão depenados:
                Cambaxirra e gavião.

                A natureza reclama. O homem diz que a ama,
                Mas proclama a sua destruição.
                É preciso dar um jeito: ver o certo no defeito,
                Amar com mais decisão.
                Enfrentar a realidade, arborizar as cidades,
                E não destruir o sertão.
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