A
NATUREZA EM CONFUSÃO! – 55
FAR. POÉTICO.
O
meu peito está em chamas, como as matas do Brasil!
Porque
a ambição é tudo e não é nada.
As
torturas que se fazem agora nunca foram esperadas.
É
o homem buscando o fim, de cimento forra a praça,
O
céu de negras fumaças, nos rios venenos mil.
Há
inverno em dezembro, as flores já nascem mortas,
No
começo de abril, as árvores já não têm cascas,
Revestem-nas
óleo e borracha, que de noite caem do céu.
A
chuva é descontrolada: chove tudo ou chove nada!
O
sol também está assim.
Já
não se tem primavera, o tempo que era dela o outono dominou.
As
árvores ficam peladas, sem forças vão se vestir?
Com
sua força total trabalha o bem contra o mal,
Mas
pouco pode fazer, porque o mal é mais forte
E
o bem tem pouco dote: o mal vai permanecer,
Para
ver o homem arrependido, gritando, dando gemidos,
Até
na hora de morrer.
Mas,
vem chegando a primavera, com perfumes exóticos,
E
coloridos mil! Só não vem no tempo certo!
Mas
também o que se espera?!
Se
o inverno é primavera e no verão a flor surgiu,
Com
o outono antecipado com início em dezembro,
Terminando
em abril!
É
a natureza em confusão: é outono ou primavera,
É
inverno ou é verão?
Não
há início nem fim delimitando a estação.
Já
está chovendo óxido, carbono, ácido e carvão.
Os
peixes morrem afogados, os pássaros tão depenados:
Cambaxirra
e gavião.
A
natureza reclama. O homem diz que a ama,
Mas
proclama a sua destruição.
É
preciso dar um jeito: ver o certo no defeito,
Amar
com mais decisão.
Enfrentar
a realidade, arborizar as cidades,
E
não destruir o sertão.
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