O HOMEM DO MUNDO – 101– FAR X.
O homem do
mundo é só fingimento; sorrindo por fora, chorando por dentro!
Não há
harmonia com o seu parecer. Não se reconhece nem sabe quem é!
Altera a
imagem por se desgostar! Não chega ao destino e nem pode voltar.
Na
multidão, ele se esforça demais, para se parecer com o que se satisfaz.
É mais
descontente que o Enganador, refaz-se a si todo por falta de amor!
Na busca
insensata pela satisfação, se engana, decresce, se arrasta no chão.
É crítico
contumaz! Confunde o valor, e dá má recompensa ao seu genitor!
Diz-se ser muito
alegre, mas só vive a chorar, e não se realiza com quem está!
Não entra
na Porta, por ser grande demais! Nem se esvazia ou deixa para trás.
Tem uma falsa
imagem; é enganador; parece cordeiro, mas é rugidor!
Tem garras
escondidas na palma da mão, se mostra cordeiro, mas é um leão.
Recusa a sua
semente, não quer germinar, para no seu fruto não se revelar.
Artista
engraçado! Pobre fingidor! Não sabe quem é, e pergunta: Quem eu sou?
Altera-se
todo, e no fim se consome; a boca é um vê, os olhos, dois cones!
O osso do
queixo tirou do quadril. Fez um nariz aquilino e tem um corpo viril!
Mas a bomba
quebrou e o vento saiu, voltou-se a si mesmo e ao outro não viu!
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