segunda-feira, 24 de abril de 2017

POESIA: SEM LAMENTOS! - 085 – FAR XIV.

Tudo anda, tudo corre, tudo passa, e, com o tempo,
A vida, que era cheia de graça, se desfaz como a fumaça!
Ontem mesmo eu ainda era como um forte menino,
Saltitava pela cidade, e, da igreja ouvia o tocar dos sinos.

Era um tempo muito bom, vivia cheio de juventude e alegria,
Eu tinha meus pais e meus irmãos: era tudo o que eu queria.
Mas o tempo passou depressa e levou a minha mãe querida;
E isso me deixou muito amargurado, triste, quase sem vida!

E eu sofria com os meus aís, quando o tempo levou meu pai!
Talvez, para não deixar lá no céu a minha amada mãe sozinha,
O mesmo tempo levou prematuramente a minha sobrinha.
Ainda sentindo dor no coração; ele levou também o meu irmão!

O tempo me deixou amargurado, sentindo saudade do passado.
O tempo correu tanto sem sentido, e eu já acordei envelhecido!
Foram tantas as coisas que eu fiz, e o tempo passou e eu não o vi.
A mesma saudade me acompanhou em todas as minhas idades.

Andou, correu, voou, passou o tempo e ainda não cheguei ao fim!
Sem lamentos! Mas, com todos os meus amados vivos, aqui dentro!

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