Amarelinho
é o meu símbolo de espera! Quando tudo floresce é primavera!
Flores
exalando o seu perfume me causam ciúmes, porque é só seu!
E
eu esperando mais um tempo fiquei no relento, mas você se engrandeceu.
Eu
pensei que havia evaporado o seu corpo no perfume que senti neste lugar.
Mas
você estava me cuidando, por isso cheirava tanto a flor sob o seu olhar!
Atrás
do monte entre as folhas da palmeira vi a planta rasteira à labareda queimar!
E
logo ouvi a sua voz melodiosa; uma coisa gostosa como o licor do jasmim.
Tão
sorridente e como a lua indiferente, no meio há tanta gente que já se
sobressaiu.
Mas
não viu que eu estava contra o vento e vindo como acalento, abriu a boca e
sorriu.
Verdes,
da cor da mata, eram os olhos da mulata que queria o seu lugar.
Você
olhava com cuidado, com seus cabelos dourados, o azul do esplendor!
O
branco era a cor do seu vestido, e seu olhar atrevido fazia transparecer.
Ó
minha Pátria querida! Que bom é viver a vida caminhando com você!
Berço
da criançada! Que mistura revirada! Que massa! Que cor de quê?
Não
sei como a minha gente diz que é diferente. Não se olha e nem se vê!
Somos
massa misturada! Somos cores combinadas. Somos uma só nação!
Porque
se achar diferente, maior o menor que gente! Isso é separação.
Não
sou branco nem sou negro, não sou índio, mas sou gente do Brasil!
A
minha nação tem mil cores, exala cheiro de amores. Você sente! Você viu!
Não
há Pátria em todas as Pátrias como a minha mãe brasileira.
Rica,
formosa e bela, verde, branca, azul e amarela. A paz também mora aqui.
Por
isso que eu me acomodo, tudo que tem, eu aprovo e nunca pensei em partir.
Quero
voltar a terra! Ficar neste chão! Contribuir com meu corpo para fertilização!
Só
viajo em pensamento, vou mais rápido do que o vento, pois nada me falta aqui!
Que
terra maravilhosa! As coisas aqui são gostosas mais que em qualquer lugar.
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