terça-feira, 1 de março de 2016

POESIA: NÃO TEM ÍMÃ! – 229- FAR X.

        A minha poesia não tem ímã; mas rima a linha de baixo com a de cima!
        Não tem cola, mas descola por prêmio uma bola na sacola da escola.
        Ela enxerga e não tem olho! Às lêndeas nos cabelos são de piolhos.
        Por ela fiz o gato bater com a pata na lata e derramar do leite a sua nata!

        Livrei o menino de ser pirralho e o velho de ter seu corpo em frangalhos!
        Busquei na sabedoria e vi que nela havia muito mais do que eu sabia!
        Também eu invoquei o meu amigo, para que ele não caísse em perigo.
        Falei de coisa séria e me espantei, quando vi o homem sábio na miséria!
                       
        Chorei muito, porque vi que o juiz fazia mais que a justiça à pessoa infeliz!
        Da arma levantada, à alça vi prolongada a mira e vi a verdade da Mentira.
        Sai pelo mundo em busca de um bom plano e acabei cruzando um oceano!
        O meu boneco robô me enganou; foi à cozinha matou a Fome e se apresentou.

        À noite, no silêncio da cozinha, ouvi falar fininha a voz apavorada da vizinha!
        E ainda dizem que eu não rimo? Mas é só porque eu fiz a Margarete do Firmino!
        As minhas palavras são de liga pura, as quais prendem o homem à causa futura!
        Quem diz que não há rima, se eu comecei embaixo e agora estou bem por cima!

        Podem me criticar os puritanos, mas o que eles dizem sobre mim, é puro engano!
        E engano eu não quero nos meus anos, e nem que eu venha a ser culpa do fulano!
                      WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br


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