terça-feira, 28 de maio de 2013

POESIA: ESCONDENDO A BOCA COM A MÃO! -194.


Quem se dispõe a ensinar ao juiz, ou ao rei repreender?
Esse tal está correndo o perigo de ficar expatriado!
Ou de ser perseguido, ou de se tornar preso isolado!
Porque o grande sempre está em distinção; ocupa o melhor lugar.

E fala sem interrupção. E ninguém que tem juízo o contesta!
Mas chamam-no de mestre-feliz ou de doutor-cidadão.
São como árvores de floresta cheios de folhas, galhos e raiz.
Eles fazem sombra pra muita gente que só pensa em ser feliz.

Ou são portas para quem só quer entrar e ocupar o seu lugar.
O simples não se arrisca em dizer; não é assim que faz o doutor?
Por que logo tem a resposta, dizendo: quem lhe ensinou?!
Mas quem há tão mestre que possa enxergar a própria nuca?!

Se não com jogo de espelhos e se estiver sem peruca!
O grande grita clamando, levanta a voz e as mãos,
E todos os que têm juízo lhe ouve com atenção.
Eles se parecem com uma grande locomotiva!

Quando se estende em distância sem considerar a vida!
É tão difícil alguém chamar o seu patrão, e dizer:
Está errado, quem faz isso é um ladrão!
Pois não há quem goste de ser repreendido!

Nós sempre estamos certos! O errado é só o bandido!
A ovelha ou o cabrito não prosperam com o leão.
Ficam distante e com medo e escondem a boca com a mão.
A ovelha e o cabrito não prosperam com o leão!

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