domingo, 21 de abril de 2013

POE: QUANDO O ÁPICE SE DERRETE! – 171.


Quando o ápice se derrete desce a contaminação e chega ao plaino,
desce ao vale, faz tudo ser podridão! Mata o pobre de fome,
tira da cidade a luz, promove a insegurança, arranca o leito do hospital;
paga a doença por preço, e faz o homem morrer mal.

O curador da saúde transforma-se em executor, mata e joga no lixo,
e diz que fez por amor.  Faz um monte de tolices, o cheiro vira fedor,
 e entra no seu  nariz, e tudo que sai errado, cada um diz: Eu não fiz!

A montanha se abala, e fica sem sustentação; o homem perde a fala,
é surdo e não tem visão. No campo é desprotegido, nem tem água pra beber;
morre a mulher e o seu marido. Ninguém faz sobreviver!

Alguns se guardam em palácios, nunca sabem o que é sofrer.
Nasceram em berços de ouro, e assim querem viver.
Mas há uns tão miseráveis que nem podem comer pão,
com a boca cheia de dentes e veneno de serpente pra ofender o irmão.

Quando a árvore alta cai é grande a devastação; quebra a copa da mais baixa,
leva os galhos para o chão, sufoca os que são rasteiros e os leva à prisão.
É melhor pra todos nós que permaneça firme a montanha,
porque as partes mais baixas são todas cheias de manhãs!

A copa só é viçosa se o tronco tiver raiz!
Por isso, quem está encima faça o mais baixo feliz!
WWW.BLUGGER – jcorreasomente.blogspot.com.br 

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